quinta-feira, 2 de julho de 2015

Coinfecções Saiba Mais, Esclareça Mais

Coinfecção é quando o organismo sofre com duas ou mais doenças ao mesmo tempo. Em soropositivos, as coinfecções dificultam o tratamento, pois debilitam ainda mais a saúde do paciente. Nesse caso, são necessárias estratégias específicas para facilitar o acompanhamento e evitar interações entre os medicamentos. Com o tratamento adicional, podem surgir novos efeitos colaterais.
As infecções frequentes em soropositivos no Brasil são: hepatites B e C e tuberculose. Juntas, representam uma das principais causas de óbito entre as pessoas infectadas pelo HIV. Outras doenças que costumam aparecer são alguns tipos de câncer, HTLV, sífilis e doenças cardiovasculares preexistentes.

Como manter a adesão?

 Para evitar o abandono de tratamento, profissionais de saúde e pacientes podem recorrer a estratégias como:
  • Bom acolhimento e abordagem adequada sobre as dúvidas e reações adversas;
  • Orientação e aconselhamento sobre os medicamentos, como adequar horários e não abandonar o tratamento (reforçar a importância da adesão);
  • Curto intervalo de retorno entre as consultas (semanais no primeiro mês, quinzenais no segundo e mensais a partir do terceiro) e atenção ao monitoramento de exames;
  • Tratamento supervisionado principalmente nos casos de coinfecção por tuberculose.

HIV e hepatite B e C

Considerada uma das maiores epidemias do século, a hepatite C (HCV) já infectou mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessas, cerca de 30% também apresentam infecção pelo HIV. Quem tem a coinfecção HIV e hepatite C pode apresentar histórico de uso de drogas (anterior ou atual), álcool, distúrbios psicológicos e psiquiátricos, em particular a depressão, que comprometem o processo da adesão ao tratamento e agravam os efeitos colaterais.
A hepatite C pode tornar mais difícil preservar o sistema imunológico da pessoa que vive com HIV e acelerar a progressão para a aids e a morte. Também pode ser verificado uma evolução mais rápida para cirrose, insuficiência hepática (do fígado) e câncer de fígado, em alguns casos.
O tratamento consiste no uso semanal de uma medicação injetável que deve ser administrada em unidade pública de saúde indicada pelo médico. Os efeitos colaterais envolvem sintomas psicológicos e transtornos mentais como depressão, irritabilidade, ansiedade, alteração do sono, diminuição da libido, diminuição da atenção e da concentração, além de ideias suicidas.
A coinfecção pela hepatite B em soropositivos aumenta em cinco a seis vezes o risco de se tornarem portadores crônicos da hepatite e de desenvolverem cirrose. O tratamento é semelhante ao da aids, com a indicação de antivirais. As reações que podem surgir com o uso dos medicamentos são as mesmas do tratamento de hepatite C.
Pacientes coinfectados não podem esquecer de usar camisinha e, se forem usuários de drogas injetáveis, devem utilizar seringas descartáveis, para prevenção da transmissão dos vírus causadores da aids e da hepatite B e C. Quando for o caso, a pessoa será orientada a não consumir álcool, para evitar um dano adicional ao fígado.

HIV e tuberculose

De acordo com estimativas da OMS, existem cerca de 33 milhões de pessoas infectadas por HIV no mundo, das quais 25% estariam coinfectadas por tuberculose. Segunda causa de óbito entre soropositivos, a tuberculose pode ocorrer em qualquer estágio da infecção pelo HIV.
O diagnóstico de tuberculose na coinfecção é semelhante ao diagnóstico na população geral. O diferencial está nos sintomas clínicos, pois, nas pessoas infectadas pelo HIV, a doença pode ocorrer com mais frequência fora do pulmão e de maneira disseminada no corpo. E o tratamento é o mesmo do indicado para a população geral e está disponível na rede pública de saúde.

HIV e HTLV

O HTLV (human T lymphotropic virus tipo I e II) foi o primeiro retrovírus humano a ser descoberto e infecta entre 10 e 20 milhões de pessoas em todo o mundo. O HTLV-I é bastante semelhante ao HIV-1, apesar de serem diferentes no tipo de doença que causam, principalmente porque o HTLV se multiplica menos que o HIV e não causa a morte da célula.
Atualmente, o exame de sorologia para HTLV está indicado para portadores do HIV que estão em regiões onde a doença é mais frequente, para usuários de drogas injetáveis ou pessoas que apresentam manifestações neurológicas compatíveis com as causadas por esse vírus.
É muito importante fazer a prevenção da transmissão do vírus, evitando a amamentação, fazendo sexo seguro e não compartilhando seringas e agulhas.

Tipos de câncer

A relação entre HIV e certos tipos de câncer ainda não está completamente clara; no entanto, acredita-se que a deficiência do sistema de defesa tenha relação direta com a causa de algumas neoplasias (cânceres), que são mais frequentes em portadores do HIV.
A terapia antirretroviral aumentou a sobrevida dos portadores do HIV, isso resultou em um número cada vez maior de pessoas com idade mais avançada expostos à condição crônico-degenerativa da doença, tornando o desenvolvimento de cânceres um aspecto preocupante e que deve ser considerado nessa população.
Os mais comuns são Sarcoma de Kaposi (tipo de câncer pouco agressivo e de evolução lenta), Linfoma não-Hodgkin (tumor frequente na medula óssea, estômago, intestino, fígado e sistema nervoso central), neoplasia anal e câncer cervical (associado à infecção causada pelo HPV).

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LEI Nº 12.984, DE 2 DE JUNHO DE 2014.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

presidente do Forum Edval Cantuário participa do Segundo dia do Encontro Nacional do Terceiro Setor em Belo Horizonte.



Palavras do Presidente - Viver e não ter medo de Ser feliz

Podemos ter vários defeitos, vivermos ansiosos e ficarmos irritados algumas vezes, mas não esqueçamos de que nossas vidas é a maior empresa do mundo. 
E que possamos sempre evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. 
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
veja a as borboletas mesmo sabendo que suas vidas sao curtas elas nao desiste da beleza e de VIVER.....
                                                                                Edval Cantuário

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Casos de DST dobram entre idosos nos últimos 10 anos, destaca Veja.com

No Brasil, os casos de aids em idosos também dobraram entre 2000 e 2010

05/02/2012 - 09h50

O número de casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre pessoas acima dos 50 anos dobrou na última década. O dado alarmante acaba de ser publicado em um editorial do periódico médico Student BMJ. Entre as doenças que despontam na lista de transmissões citadas pelo estudo estão sífilis, clamídia e gonorreia.

No editorial do Student BMJ, os médicos Rachel von Sinson, do King’s College London, e Ranjababu Kulasegaram, do St Thomas’ Hospital London, citam uma pesquisa que mostra que 80% dos adultos entre 50 e 90 anos são sexualmente ativos. Estatísticas mostram um aumento nos casos de sífilis, clamídia e gonorreia na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá nas pessoas entre 45 a 64 anos.

Existem ainda poucas pesquisas sobre as razões por trás do aumento no número dessas doenças. Uma das hipóteses é a de que ela se deva às mudanças físicas — mulheres na menopausa são mais vulneráveis a uma DST. Além disso, alguns dados mostram que os homens que usam drogas contra a disfunção erétil têm mais chances de serem diagnosticados com uma DST no primeiro ano de uso do remédio.

De acordo com os autores, de posse desses dados, os médicos deveriam encorajar discussões sobre sexo seguro, independente da idade do paciente. "O profissional não deve deixar de investigar infecções sexualmente transmissíveis em idosos."

Brasil — No Brasil, o Ministério da Saúde não tem dados sobre o índice de transmissões das DSTs, porque a notificação não é obrigatória. A única doença a ter registro é a aids. Segundo dados do Boletim Epidemiológico Aids e DST/2011, feito pelo Ministério, o número de novos casos entre pessoas acima de 50 anos passou de 2.707, em 2000, para 5.521, em 2010 – um aumento de 103%.

De acordo com Jean Gorinshteyn, infectologista responsável pelo Ambulatório do Idoso do Hospital Emílio Ribas, esse aumento no número de casos pode estar sendo causado pela combinação de drogas para disfunção erétil e falta de costume do uso da camisinha. “Essas pessoas não estão acostumadas a usar camisinha, e quando a usavam era para evitar uma concepção indesejada, não uma DST”, diz.

Entre os idosos, os homens são as principais vítimas: no ambulatório coordenado por Gorinshteyn, 75% dos infectados são do sexo masculino. Dos cerca de 120 pacientes (entre homens e mulheres) atendidos no local, 90% têm entre 60 e 65 anos, 80% são heterossexuais e 78% são casados. "A mulher normalmente tem uma baixa na libido com a menopausa. Já o homem, com a existência de drogas contra a disfunção erétil, acaba, muitas vezes, prolongando sua vida sexual”, diz o especialista.


Fonte: Veja.com